sábado, 19 de setembro de 2009

"Pet friends"


Ter um animal de estimação é sempre muito gratificante e, cada vez mais sua presença se faz presente na vida cotidiana das pessoas, numa relação de claro afeto.


Quantos são e quanto vivem:

Estima-se que a população canina no Brasil seja de aproximadamente 50 milhões de cães, onde, 20 milhões vivem nas ruas.
Ana Corina, autora do site “Mãe de Cachorro” escreveu artigo, baseado em dados da OMS e de algumas universidades brasileiras, que nos revela que a estimativa de vida média no Brasil para os cachorros é de 3 anos, apenas.
Essas pesquisas retratam apenas os cães com donos. As causas da morte são, na maioria, atribuídas a infecções não tratadas e que poderiam ser evitadas por vacinas, como o caso da cinomose, ou parvovirose.
Segundo os dados, nosso país em se tratando de condições de vida aos cachorros está bem distante de paises mais adiantados como Estados Unidos, por exemplo, onde a média de vida da população canina é de 10 anos.


O santista e os cães:

O santista em geral gosta e cuida bem de seus animais de estimação, convivendo com eles, na grande maioria, em apartamentos.
Os passeios acontecem em praças e na orla da praia, já que nossa cidade não tem parques.

A prefeitura municipal através Secretaria de Meio Ambiente (Semam) e da Coordenadoria de Proteção à Vida Animal (Codevida) mantém alguns programas, como a “Posse responsável do Animal” e, até algum tempo atrás, podíamos ler espalhados pela cidade, cartazes da campanha "cate a caca de seu totó".



O que há por fazer:

O cadastramento de animais, a implantação de postes de fornecimento de sacos plástico e depósito para dejetos dos animais nas praças e jardins da cidade, a exemplo de diversos outros lugares no mundo, é o que se espera de uma cidade cuja população animal, apesar de não haver nenhuma pesquisa a respeito, sabe-se que é grande.
Com essas ações diminuiríamos dois grandes problemas: o abandono dos animais e as vias públicas sujas.
O contrôle da venda de animais pelos pet-shops também deveria ser estudado.


Foto: Ponto de recolhimento de dejetos nos jardins de Oloron Sainte Marie, França




O bom exemplo de Curitiba:

Curitiba promove o cadastro dos animais e, através de uma rede de veterinários, está fazendo a instalaçao de microchips.
O equipamento vai facilitar a busca do animal, no caso de desaparecimento e do proprietário, no caso de abandono.
Naturalmente, tambem é uma forma de saber quantos são os animais da cidade, dentre outras informações.




Como é no mundo:

Em vários países é exigido que animais de estimação e companhia sejam identificados com microchip. Em 2002 o Parlamento Europeu emitiu normativa estipulando prazo e regras para que todos os esses animais fossem identificados através dessa tecnologia.


Alem do microchip, os dispositivos que fornecem os sacos para recolher as fezes estão por toda parte. Em Madrid a prefeitura também se preocupa em organizar cursos de educação aos donos de animais.
Diversas cidades espanholas contam com as “motocacas”, motos com dispositivos especiais que aspiram as fezes e higienizam o chão com água e sabão.





Em Paris, onde o registro do animal é obrigatório desde 1999, a prefeitura dedica páginas de seu website para explicar por quais jardins da cidade se pode passear com os animais e quais as atitudes corretas.
O sistema de coleta das fezes e depósito tambem é oferecido em todos os lugares.





Por respeito à natureza,

Aos animais e a nós todos cidadãos, a cidade de Santos precisa investir na implantação de métodos e recursos que o mundo todo está utilizando há já uma década.
A tão falada "vocação para o turismo" de nossa cidade passa também pela análise da estrutura que oferece a nossos animais.



Fotos:

Esquerda: Poste de recolhimento
dos jardins de Viña del Mar, Chile






Direita:Bosque em Vancouver,
Canadá

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