sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Consciência Pró-Patrimônio

O pesquisador João Marcos Fantinatti reuniu, num "blog", documentos e imagens do patrimônio campineiro que desapareceram.
A falta de compromisso dos governantes com a preservação é a maior causa da perda das referências e a memória das cidades vai desaparecendo, comenta João Marcos em matéria publicada recentemente no "Correio Popular".

Pró-Patrimônio-de-Campinas é um exemplo a ser seguido pelos santistas que se importam com a nossa cidade. Os problemas têm que ser apontados pelos cidadãos e a internet é uma das nossas aliadas.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Desenvolvimento e sustentabilidade

O Índice de Desempenho Ambiental, IDA, que mede o nível de preocupação que os municípios têm com as questões ambientais e serve de instrumento para o estabelecimento de políticas públicas em favor da preservação do meio ambiente, está sendo usado em algumas cidades do interior de São Paulo.
Esse índice é importantíssimo para nortear as políticas públicas, alem de orientar a população sobre as ações do poder público na área ambiental.
Há pouco tempo, a Região Metropolitana de Campinas, que já vem usando o IDA, teve seu estudo publicado na Revista Saúde e Sociedade, vinculada à Faculdade de Saúde Pública de São Paulo. A publicação desse estudo, comenta-se, equivale a uma certificação científica da qualidade e importância do projeto desenvolvido pelo Parlamento da Saúde da Região Metropolitana de Campinas, composta por 19 municípios.
Estes mesmos municípios foram avaliados em tres variantes: qualidade da água e ar, resíduos sólidos e preservaçao de áreas verdes. Pelo levantamento feito, só seis municípios obtiveram notas acima de 5, na escala de 0 a 10.
O próximo IDA será publicado no primeiro sementre de 2010, mas em alguns desses municípios já é notável a diferença desde a última classificação, mostrando que todos estão interessados em melhorar o seu desempenho.

Em tempo, a média do IDA na RMC classificou em primeiro lugar, com média, 6,87 a cidade de Jaguariúna, seguindo-se na lista, Indaiatuba, Campinas, Holambra e Valinhos. Em último lugar ficou o acolhedor município de Pedreira.



De volta ao "feísmo"

Neste início de ano, em férias, tive a oportunidade de sair um pouco, passear por outras cidades do interior de São Paulo e sempre com o olhar atento ao tratamento que os governantes dão à coisa pública. Logicamente, isto é sempre uma oportunidade para compararmos com o que acontece em Santos.
Pois bem, amigos santistas, temos um pouco de Haiti; um pouco de tragédia com a morte diária do meio ambiente, do nosso patrimônio, do trânsito; nas nossas ruas impermeabilizadas; nos jardins rasgados com mais asfalto para mais quilômetros de ciclovias.
Com construções imensas, paredões imensos de concreto, sem áreas verdes,sem parques, somos concreto e asfalto organizando uma estufa incompatível com os preceitos do ambientalismo moderno.

Em 2010, com mais frequência, trataremos de seguir publicando boa parte de fotos que temos recebido. Afinal, é impossível permanecer tranquilos diante de tudo que temos visto.
E, que este ANO NOVO seja, então, o ano da consciência urbana.É o nosso maior desejo...
Que os humanos desta cidade, formem uma grande rede solidária para resgatar a nossa cidade, a nossa história e produzirmos um futuro onde as questões ambientais tenham sido priorizadas. O trabalho de monitoramento ambiental tem que ser feito. Água, ar, resíduos, preservação de áreas verdes ganham destaque nos centros mais avançados.
A nossa região metropolitana não pode ficar de fora!

sábado, 19 de setembro de 2009

"Pet friends"


Ter um animal de estimação é sempre muito gratificante e, cada vez mais sua presença se faz presente na vida cotidiana das pessoas, numa relação de claro afeto.


Quantos são e quanto vivem:

Estima-se que a população canina no Brasil seja de aproximadamente 50 milhões de cães, onde, 20 milhões vivem nas ruas.
Ana Corina, autora do site “Mãe de Cachorro” escreveu artigo, baseado em dados da OMS e de algumas universidades brasileiras, que nos revela que a estimativa de vida média no Brasil para os cachorros é de 3 anos, apenas.
Essas pesquisas retratam apenas os cães com donos. As causas da morte são, na maioria, atribuídas a infecções não tratadas e que poderiam ser evitadas por vacinas, como o caso da cinomose, ou parvovirose.
Segundo os dados, nosso país em se tratando de condições de vida aos cachorros está bem distante de paises mais adiantados como Estados Unidos, por exemplo, onde a média de vida da população canina é de 10 anos.


O santista e os cães:

O santista em geral gosta e cuida bem de seus animais de estimação, convivendo com eles, na grande maioria, em apartamentos.
Os passeios acontecem em praças e na orla da praia, já que nossa cidade não tem parques.

A prefeitura municipal através Secretaria de Meio Ambiente (Semam) e da Coordenadoria de Proteção à Vida Animal (Codevida) mantém alguns programas, como a “Posse responsável do Animal” e, até algum tempo atrás, podíamos ler espalhados pela cidade, cartazes da campanha "cate a caca de seu totó".



O que há por fazer:

O cadastramento de animais, a implantação de postes de fornecimento de sacos plástico e depósito para dejetos dos animais nas praças e jardins da cidade, a exemplo de diversos outros lugares no mundo, é o que se espera de uma cidade cuja população animal, apesar de não haver nenhuma pesquisa a respeito, sabe-se que é grande.
Com essas ações diminuiríamos dois grandes problemas: o abandono dos animais e as vias públicas sujas.
O contrôle da venda de animais pelos pet-shops também deveria ser estudado.


Foto: Ponto de recolhimento de dejetos nos jardins de Oloron Sainte Marie, França




O bom exemplo de Curitiba:

Curitiba promove o cadastro dos animais e, através de uma rede de veterinários, está fazendo a instalaçao de microchips.
O equipamento vai facilitar a busca do animal, no caso de desaparecimento e do proprietário, no caso de abandono.
Naturalmente, tambem é uma forma de saber quantos são os animais da cidade, dentre outras informações.




Como é no mundo:

Em vários países é exigido que animais de estimação e companhia sejam identificados com microchip. Em 2002 o Parlamento Europeu emitiu normativa estipulando prazo e regras para que todos os esses animais fossem identificados através dessa tecnologia.


Alem do microchip, os dispositivos que fornecem os sacos para recolher as fezes estão por toda parte. Em Madrid a prefeitura também se preocupa em organizar cursos de educação aos donos de animais.
Diversas cidades espanholas contam com as “motocacas”, motos com dispositivos especiais que aspiram as fezes e higienizam o chão com água e sabão.





Em Paris, onde o registro do animal é obrigatório desde 1999, a prefeitura dedica páginas de seu website para explicar por quais jardins da cidade se pode passear com os animais e quais as atitudes corretas.
O sistema de coleta das fezes e depósito tambem é oferecido em todos os lugares.





Por respeito à natureza,

Aos animais e a nós todos cidadãos, a cidade de Santos precisa investir na implantação de métodos e recursos que o mundo todo está utilizando há já uma década.
A tão falada "vocação para o turismo" de nossa cidade passa também pela análise da estrutura que oferece a nossos animais.



Fotos:

Esquerda: Poste de recolhimento
dos jardins de Viña del Mar, Chile






Direita:Bosque em Vancouver,
Canadá

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Crônica ao Exmo. Senhor Prefeito da Estância Balneária de Santos

Caríssimo Prefeito

Convido-o para uma passeata pelas ruas da cidade. Ou melhor, para a maratona dos avós!

Experimentar o amor sem limites quando passamos a integrar o rol de vovôs e vovós do universo é como alçar aos céus da esperança, é o renascer da infância e da adolescência, é o sentir, de fato, a perenidade. Felizes e privilegiados aqueles e aquelas que, neste país de tantos maltratos à maioria dos seus idosos, podem dedicar seu tempo, ou parte dele, para as atenções, conversas, brincadeiras e dormidinhas vespertinas junto aos seus netinhos e netinhas.

Quando aproveitam também para incutir nos pimpolhos a admiração à natureza, o amor aos animais, a delicada observação das flores em jardins e quintais, o encantamento com a música, o respeito ao próximo, então, significa acrescentar e contribuir para transmitir lições, com açúcar e com afeto, na formação do cidadão e da cidadã, uma vez que os rigores da educação visando um objetivo futuro incumbem, em primeira instância, aos pais.

O passeio nos quarteirões de entorno à casa do vovô e da vovó, com a bicicleta, o carrinho ou patinete, aproveitando a manhã de céu azul e o frescor da brisa, é um desses momentos mágicos.

Seria mágico se não fosse trágico. Se as calçadas, que imaginavam o vovô ou a vovó, fossem realmente bens públicos, não seriam verdadeiras armadilhas para as crianças, avalie para os trôpegos acompanhantes delas. Uma verdadeira maratona e com obstáculos.

De tudo se encontra. Buracos de consertos não acabados, pisos danificados, reformas e construções que avançam às calçadas ( e pasme-se há lei que permite) sem deixar espaço adequado e conservado de travessia aos transeuntes, fezes de animais amados por deseducados, lixo exposto e entulhos, sem qualquer cerimônia, despejados.

Chama a atenção outra caótica visão. Os vovôs e as vovós são de um tempo, e eles, inocentes, ainda acreditam nisso, em que as calçadas, embora de uso para entrada e saída de imóveis particulares, eram realmente bens públicos. Portanto, coletivos. Assim, muitos ainda consideram acertada a época em que legislação municipal padronizava e exigia o formato e o tipo de piso para as caminhadas dos cidadãos. E mais ainda. Algum iluminado e poético legislador havia projetado para nossas trilhas urbanas as ondas do nosso mar. E como estas não eram ondas para os surfistas, foram idealizadas com textura anti-derrapante. Pois bem. Parece que outros legisladores, não tão poéticos e tampouco precavidos, deliberaram... liberar geral.

Cada morador ou moradores de imóveis decidiram aplicar o senso estético próprio. O vovô ou a vovó atentos vão registrando. Alguns resolveram trazer para as calçadas as antigas e irregulares pedras de paralelepípedos antes destinadas apenas ao leito carroçável, bem antes do evento asfáltico. Antes tivessem permanecido lá. Outros consideram maravilhosas as suas entradas vestidas com a pedra ardósia, em tons que variam do verde ao cinza, maravilhosas especialmente para um bom tombo de algum incauto ao atravessá-las molhadas pela chuva. Vários aplicam os mais variados desenhos auxiliados pelos mais variados modelos de cerâmica à disposição no mercado. Existe, até, aquele que, para sentir-se numa casa de campo, estende para as calçadas já estreitas do seu imóvel pedras alinhadas e circundadas por viçosa grama. O pior é que esquece, de quando em vez, de extirpar a tiririca que ataca e a calçada vira verdadeiro matagal urbano. E outro que decora a calçada de um metro e meio de largura com vasos de sessenta de diâmetro. Mais um pouco vamos nos deparar com algum saudoso mineiro projetando calçada com pedra-sabão.

Seguem os vovôs e as vovós, com extremos cuidados, o passeio matinal aproveitando o céu azul e a brisa fresca. O máximo que conseguem apontar para os netinhos e netinhas são exemplos de anti-cidadania. E explicar que já não existem mais legisladores poéticos e preocupados com a visão das calçadas coletivas. Também informá-los que está difícil encontrar um Poder Público que ponha ordem nessa bagunça. Talvez sonhem ainda, esses avós, com uma campanha popular de alto alcance para despertar consciências e atitudes que cabem aos cidadãos (ãs) para tornar as calçadas, que são de todos, limpas e homogêneas.

Por essa razão é que faço o convite que abriu esta crônica de uma feliz avó! E que, a despeito dos obstáculos, vai continuar tentando aproveitar, com seu netinho, as manhãs de céu azul e brisa fresca da nossa Santos.
Vó Dedé.



Ô meu, dá um jeito nas calçadas da nossa cidade!




(Texto e foto enviados pela Sra. Gui Oliva)

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Cidadania LX

Cidadania LX, mais um link que anexamos à esta página para nos mostrar como "aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau" numa cidade. A preocupação aqui é "Lisboa pelos e para os lisboetas".
A última publicação, por curiosidade, trata do "Jardim de Santos" e exibe algumas fotos feitas no período de floração das Tipuanas, do Jacarandá e das Romanzeiras.
O Jardim de Santos, nos explica Cidadania LX, é "o único em Lisboa, rodeado de grandes Tipuanas, e parece transformar o chão em ouro" (sic).




Muito em breve, estaremos escrevendo sobre nossos jardins. Os jardins de Santos...

O "feísmo" por toda parte...


Universidade Federal de São Paulo, Silva Jardim com Manuel Tourinho: O Governo Federal parece não estar interessado em levar o projeto adiante.
O que está impedindo a execução da obra???



As ruínas que restam da antiga Hospedaria dos Imigrantes estão abandonadas, com mato alto.



Moradores de rua ocupam as laterais da antiga edificação.



Clube de Regatas Santista: O que ainda resta do Clube da Ponta da Praia, enfeia e envergonha a cidade.






Com ressaca, com afeto...e com óleo derramado.(Canal 5)


Canal 5, Praia.

Falta de manutenção e abandono.

Canal 5, Praia: Jardins (?):O que um dia fez parte do Guinness Book Records.








Sujeira de um estabelecimento comercial no calçamento da Av. Epitácio Pessoa, Ponta da Praia ==>









...E mais "feísmo".

Buracos

Canteiro central da Avenida dos Bancários, próximo Colégio CNA.
(Foto enviada por M.V.)







Av. dos Bancários, esquina da Rua do Peixe: Por onde deve passar o pedestre? ===>


(Foto enviada por M.V.)




Avenida dos Bancários, próximo ao Estrela de Ouro.








Quem não o perceber, terá que chamar um guincho para sair dele.

Avenida dos Bancários: Buraco no alfalto que retem água da chuva por muitos dias. Há anos este problema segue existindo neste trecho da avenida.


Este está na Av. Epitácio Pessoa.


Canal 6: Um buraco que ainda vai levar a calçada...

Os canais abandonados

Av. Campos Sales: A partir da Av. Brás Cubas até o final da Campos Sales, canal, calçamento, canteiros e árvores são de dar pena.



<== Campos Salles com Conselheiro Nébias:
Abandono e lixo urbano


















O pouco que resta do calçamento ==========>









Guias, muretas, há tempos não recebem tinta branca. Só o lixo espalhado é uma constante.

domingo, 6 de setembro de 2009

A sujeira urbana



Rua Henrique Porchat:
Uma esquina abandonada =>





<= Sempre cheia de lixo.








Esquina da Avenida Conselheiro Nébias com Campos Sales: o abandono


Vista pela Campos Sales ==>>



´
Rua Júlio de Mesquita com Constituição



Rua Silva Jardin =>